Python RPA pode substituir tarefas, mas não pessoas: entendendo a cultura da automação

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Mudança de cultura causa diversos tipos de impactos em uma empresa, sejam eles positivos ou negativos. E aplicar a cultura de automação em qualquer time, seja com Python RPA ou em qualquer outra ferramenta, é uma das que mais tem afetado as pessoas por trazer o medo de perder o emprego.

E quais impactos esse medo gera?

O medo gera comportamentos que não ajudam na evolução dos processos. As pessoas que antes eram responsáveis por eles não compartilham corretamente como esses processos funcionam, ou se recusam a explicar como o processo é executado manualmente em seu dia-a-dia. Acreditam que se abrirem as informações, tão logo o robô esteja construído e em funcionamento, serão dispensadas pela empresa.

E isso pode fazer com que as automações sejam construídas de maneira errada e, até mesmo, causar maiores problemas nos processos atuais.

Mas o que é RPA, de fato?

RPA é uma tecnologia que não nasceu para substituir pessoas, mas sim para facilitar a execução de atividades que sejam manuais e repetitivas, automatizando-as com apoio de robôs construídos com ferramentas e/ou programação. E essas atividades podem ser:

  • Preencher formulários, documentos ou planilhas;
  • Gerar relatórios a partir desses documentos ou planilhas;
  • Gerar notas fiscais;
  • Gerenciamento de caixas de e-mails;
  • Transferência de dados entre sistema diferentes;
  • Entre muitos outros.

E isso não significa que as pessoas serão substituídas?

Infelizmente em algumas empresas isso pode acontecer. Mas não precisa ser assim.

A automação, na verdade, pode trazer diversos benefícios não apenas para as empresas, considerando o melhor uso de horas das pessoas colaboradoras e a produtividade, mas também para as pessoas.

Os robôs têm o poder de possibilitar algo muito precioso: o tempo. E esse tempo pode ser aplicado em:

  • Tarefas que sejam mais complexas e exigem outros tipos de habilidades, como algo que nos demande uma tomada de decisão, por exemplo;
  • Treinamentos para novas responsabilidades que antes não eram possíveis visto o tempo gasto em atividades manuais;
  • Alcançar novos objetivos, até mesmo de carreira;
  • Entre outros.

Se os benefícios da automação são reais, por que as pessoas ficam com esse medo de perder o emprego?

São vários os possíveis motivos:

  • As pessoas podem não compreender como o RPA funcionará e como poderá ajudar em suas tarefas;
  • Insegurança em relação às suas habilidades por interpretarem que “se um robô pode fazer por mim, então não precisam de mim aqui”;
  • Mudanças de responsabilidade quando suas tarefas são automatizadas, o que pode ser bastante desafiador se não for feito com o apoio e orientação da empresa;
  • Falta de comunicação para entender como a automação afetará sua rotina no trabalho e até mesmo suas perspectivas de carreira.

E o que pode ser feito por parte da empresa?

É importante que as empresas, principalmente as pessoas gestoras dos times ou quem toma a decisão de utilizar RPA, envolvam as pessoas colaboradoras no processo de automação e preparem-nas para as mudanças que acontecerão.

Isso pode ser feito oferecendo treinamento e oportunidades para adquirir novas habilidades e explicando onde podem aplicar melhor suas capacidades, como tarefas mais interessantes e que precisam da nossa capacidade de tomar decisões, de criar, de resolver problemas, de lidar com pessoas, entre tantas outras.

Está pensando em aplicar o RPA em sua empresa? Espero que essas dicas tenham te ajudado a refletir e entender como lidar com essa mudança de cultura e com os medos das pessoas do seu time. Experimente e nos traga seu feedback. É sempre válido compartilharmos experiências.